Páginas


Esta iniciativa consite em ações que possibilitem momentos de reflexão e construção pedagogica, abrangendo ainda propostas significativas para a prática cotidiana do educadores. De acordo com o contexto escolar e vivências as ideias e sugestões podem ser adequadas as necessidades reais nas expectativas de educadores e educandos

23 de fev. de 2013

RESPONSABILIDADE 7 dicas para criar um filho responsável É preciso ensinar o filho a ter responsabilidades desde cedo

Depois de brincar, os pais devem orientar os filhos a guardar e organizar seus brinquedos.

O quarto do seu filho é uma bagunça sem fim? Ele vive perdendo os materiais escolares ou quebrando seus brinquedos? Não ajuda em nada em casa, nem mesmo a colocar a mesa para o jantar? Se você respondeu "sim" a essas perguntas, então está na hora de refletir sobre a importância de ensinar seu filho a ter responsabilidades. Essa é uma tarefa que compete principalmente aos pais - não deve ser delegada exclusivamente à escola - e que começa bem cedo. "Por volta dos 2 anos, a criança já começa a ter compreensão suficiente para aprender a cuidar daquilo que é seu. Quando ela termina de brincar, por exemplo, os pais podem ensiná-la aos poucos a guardar seus brinquedos", diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo. Veja a seguir as dicas dos especialistas para que seu filho cresça responsável.


1- Seja o modelo

Dar responsabilidades para as crianças desde cedo é essencial. Faz parte da educação de valores e de disciplina para a vida, conforme ressalta Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID) e fundadora no Brasil da rede Aliança pela Infância. "As crianças começam imitando os pais nas suas próprias atitudes e formas de cuidar, arrumar, organizar, limpar, cuidar. Por isso é tão essencial o fazer dos pais, antes de dar essas responsabilidades, pois a criança naturalmente irá imitá-los. De início, no seu faz de conta e, depois, na vida real", afirma Adriana.


2- Peça que todos participem das tarefas

Os cuidados com a casa devem ser responsabilidade de todos da família, mesmo quando essa família conta com a ajuda de uma empregada doméstica. "Cada um na casa deve ter suas tarefas, não pode ficar tudo sob a responsabilidade da mãe ou da empregada", diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo. Se a criança cresce vendo o que o pai não precisa fazer nada no lar, vai questionar por que ela precisa participar. Da mesma forma, meninos e meninas devem ter as mesmas responsabilidades. Já se foi o tempo em que esta ou aquela tarefa eram determinadas como "trabalho de mulher".


3- Ensine seu filho a cuidar do que é dele


Desde bem pequenas, as crianças devem aprender a cuidar de si mesmas e de suas coisas. Depois de brincar, os pais devem orientar os filhos a guardar e organizar seus brinquedos. No começo, devem fazer isso junto com eles e, depois, deixar que façam sozinhos. Mas é importante usar o discurso certo ao fazer a tarefa junto com o filho: "Não diga ‘me ajude a arrumar os seus brinquedos’, porque isso vai mostrar à criança que essa é uma responsabilidade da mãe ou do pai, quando na verdade é dela. O certo é dizer ‘vou ajudar você a guardar seus brinquedos para mostrar como se faz’", diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo.



4- Mostre que é preciso cuidar do que é de todos


 As responsabilidades das crianças não se resumem apenas às coisas que dizem respeito a elas mesmas, mas também aquilo que é de todos, que é coletivo. "O importante é mostrar que na família todos precisam colaborar e revezar as responsabilidades", afirma Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID). Portanto, não basta ter seu quarto ou brinquedos arrumados. As crianças também devem participar das tarefas domésticas, como tirar e por a mesa para as refeições, varrer o chão, tirar o lixo, etc.



5- Saiba quais são as tarefas para cada idade


> Até os 3 anos, você pode ensinar seus filhos a cuidar de seus brinquedos, ajudando-os a guardar e organizar. 


> "Dos 3 aos 4 anos - ainda em forma de brincadeira - já dá para começar a ensinar a vestir as próprias roupas, cuidar dos brinquedos e ajudar os adultos na cozinha a pegar objetos que não ofereçam perigo. É importante que o adulto sempre esteja por perto", explica Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID). 

> Por volta dos 4 anos, a criança já pode fazer algo sozinha, como trocar a água do cachorro ou recolher o lixo, conforme diz Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo. "Uma sugestão é estabelecer horários para a criança fazer a tarefa, criando assim uma rotina", diz Maria. 

> Dos 5 aos 6 anos, seu filho já pode arrumar o próprio quarto e brinquedos, passar pano para tirar o pó, ajudar a por ou tirar a mesa e molhar as plantas. 

> Entre os 7 e os 9, você pode ensiná-lo a atender o telefone e anotar recados, orientando-o sobre como falar com quem está do outro lado da linha. Nessa idade pode ainda ajudar a cuidar de irmãos mais novos. 

> Com 10 a 12 anos, a criança já pode aprender a lavar roupas e ajudar os adultos a cozinhar, sempre com supervisão e cuidados com a segurança. "Em famílias com crianças de idades diferentes, é comum que os pais queiram nivelar as atividades pela idade do filho menor, para que todos façam as mesmas tarefas e ninguém se sinta prejudicado. Mas isso não está certo. Os filhos mais velhos devem ter mais responsabilidades, de acordo com sua idade", afirma Maria Rocha.

6- Não faça para o seu filho o que e tarefa dele


Assim como os pais não devem fazer a lição de casa dos filhos, mas ajudá-los em suas dúvidas, não devem também fazer as tarefas domésticas das crianças quando elas se esquecem ou se recusam a fazê-las. "Fazer a lição de casa ou as tarefas pelo filho só prejudica o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Pode ser um caminho mais 'rápido' e, aparentemente fácil para os pais, mas no futuro terá consequências prejudiciais para a autonomia da criança", afirma Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID).



7- Converse com o seu filho e estabeleçam regras


Gritar e usar de violência definitivamente não são o caminho para conseguir que seu filho execute as tarefas domésticas e seja responsável. "O diálogo é fundamental tanto para os pais compreenderem porque a criança não realiza o que lhe é solicitado, quanto para a criança saber que sempre poderá ter um canal de conversa com os pais. Gritar ou usar qualquer outra forma de violência ou autoritarismo surtem o efeito contrário e podem tornar a criança revoltada, agressiva ou arredia à realização de quaisquer tarefas", diz Adriana Friedmann, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento (NEPSID). Para Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo, quando as crianças são bem pequenas, os pais podem dar reforços positivos a cada tarefa executada: "Você pode combinar com a criança de pintar 5 carinhas felizes em uma folha de papel ou caderno quando ela guarda os brinquedos, por exemplo". Para as crianças mais velhas, segundo ela, vale estabelecer as consequências caso as tarefas não sejam cumpridas, como retirar um valor da mesada ou não deixá-las fazer algo de que gostam.

RESPONSABILIDADE

Você sabe dar responsabilidades ao seu filho?

http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/testes/voce-sabe-dar-responsabilidades-ao-seu-filho.shtml

Faça o teste elaborado com a colaboração de Maria Rocha, coordenadora pedagógica do Colégio Ápice, de São Paulo.





21 de fev. de 2013

Atividades sobre seres vivos e seres que não possuem vida


Atividades prontas sobre os seres vivos e seres não vivos - seres que tem vida e seres que não possuem vida









Os seres vivos são seres animais e vegetais que existem na Natureza. 
Para terem vida a para continuar vivendo, é essencial a função alimentar. 
Para que haja continuidade das espécies, os seres vivos têm que dar filhos. A esse processo chama-se a função reprodutora. As plantas reproduzem-se, umas através de sementes, outras por estaca, ou seja, por meio da plantação de novas plantas. 
Os animais reproduzem-se, uns por ovos, outros geram-se na barriga das suas mães. Todos os seres vivos, animais e plantas, nascem, crescem, alimentam-se, reproduzem-se e morrem. É o ciclo da vida de todos os seres vivos. Nós, as pessoas, fazemos parte do grupo dos animais. O que nos distingue dos outros é o facto de termos pensamento e possuirmos raciocínio, enquanto que os restantes animais reagem só por instinto. Há plantas de cores variadas e tamanhos diferentes. 
Mas todas se alimentam pela raiz, por onde extraem a seiva da terra, ou seja, o alimento de que necessitam. A água e o oxigênio são indispensáveis à vida de todos os seres vivos. As plantas respiram pela folhagem e têm uma função importantíssima na Natureza, pois produzem oxigênio para purificar o ar. A produção do oxigênio faz-se durante o dia. De noite, elas absorvem oxigênio na sua respiração. 
Os animais podem viver na terra, no ar e na água. Alguns possuem características que lhes possibilitam a vida na água e na terra – por exemplo, a rã, a tartaruga, a salamandra. Estão adaptados ao ambiente em que vivem, com modos de vida próprios. 
Os animais deslocam-se andando, rastejando, correndo, voando, nadando, saltando… Uns são minúsculos, outros são enormes. Apresentam formas muito diferentes. O revestimento do corpo e os seus hábitos alimentares também variam. Há animais que só se alimentam de carne, por isso chamam-se carnívoros (por exemplo, o leão). Outros só se alimentam de vegetais, são os herbívoros (por exemplo, a vaca). As pessoas são animais onívoros, pois alimentam-se de carne e de vegetais.
créditos http://planetaatividades.blogspot.com.br

11 de fev. de 2013

Estrutura e formação das palavras

PROPOSTA DE CURRICULAR PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO EM CRECHES

Proposta de Curricular para o Trabalho Pedagógico em creches com crianças de 0 a 3 anos ( berçário e maternal)

A Educação Infantil de 0 a 3 anos, ao longo das três últimas décadas, estabeleceu um desenvolvimento elevado nos fazeres pedagógicos e tendências educacionais devido à conjunção de três fatores:
· um intenso aumento da demanda;
· a intensificação de conhecimentos sobre o desenvolvimento em educação infantil;
· ao desenvolvimento de políticas públicas na área.
Por causa desses avanços ocorridos nos últimos anos e do alto grau de criação existente em sua prática, a educação de crianças de 0 a 3 anos exige um profissional dinâmico, polivalente, com formação específica e atualizada. Esse profissional deve ser capaz de construir uma relação que transmita segurança para a criança, valorizando seu potencial. Precisa ser sincero, autêntico, respeitando suas opiniões, tornando-se um parceiro dessa criança na busca do conhecimento de um mundo repleto de descobertas e interações. O profissionalismo docente e suas exigências se aplicam a todos os educadores, tanto da Educação Infantil quanto dos demais.
Porém, no caso da Educação Infantil, as competências que definem a atuação desse profissional possuem perfis próprios. O peso do componente das relações é muito forte. A relação e o estabelecimento de vínculo constitui, provavelmente, o recurso fundamental no trabalho com crianças pequenas. Por isso, a importância de um profissional comprometido e identificado com o trabalho de Educação Infantil.


 ESTRUTURA OPERACIONAL

 Divisão das turmas A opção por dividir o atendimento de crianças na creche em berçário e maternal justifica-se na medida em que a criança passa por processos biopsicossociais distintos no período que corresponde dos zero aos dois anos e dos dois aos quatro anos. Assim, o grupamento das crianças dessas faixas etárias poderá efetivar-se conforme a seguir:

 Bercário I

 No Berçário I serão enturmados os bebês de zero a doze/quinze meses, os quais, por sua fragilidade, são incapazes de sobreviver por recursos próprios, situação que deverá ser compensada com uma relação de carinho e atenção da mãe e, no caso da creche, do educador. Isso leva a um atendimento permanente e individualizado por parte do professor que deverá trabalhar com cada bebê, a cada dia, observando suas reações e seus progressos pois, nessa fase, o desenvolvimento das crianças se dá num ritmo bastante acelerado.

Berçário II

 No Berçário II serão agrupados os bebês de doze/quinze meses a dois anos. A criança agora já se movimenta com mais autonomia, fica em pé e, na maioria dos casos, já caminha, deslocando-se pelo espaço físico disponível. Com o movimento tornam-se interessantes apenas os objetos que podem ser carregados de um lado para o outro. Por volta dos dois anos de idade surge um novo componente – a oralidade. Nessa fase, há necessidade de atenção às reações de cada criança e ao grupo como um todo. As crianças estão na fase egocêntrica e brincam individualmente, mesmo quando estão em grupos; é também nessa fase que acontecem, com freqüência, os atropelos físicos (mordidas, agarrões, empurrões). É no plano das ações que elas começam a perceber o outro, as coisas a sua volta e a necessidade de fazer algumas negociações.

 Maternal I

 No Maternal I serão enturmadas as crianças de dois a três anos. Elas agora já possuem maior maturidade motora, que lhes permite explorar objetos e tudo o mais que existir ao seu redor; por meio dos jogos simbólicos do faz-de-conta, aceleram o desenvolvimento da linguagem e da representação. As crianças dessa idade, que já andam e se movimentam livremente, são capazes de extraordinárias observações sobre o que ocorre à sua volta, procurando muitas vezes infatigavelmente suas causas; costumam fazer relações entre as concepções que têm do mundo exterior e as imagens do próprio corpo. Nessa fase, a criança ainda tem dificuldade em repartir seus brinquedos. O trabalho em grupo, ainda que com pouca duração, ajudar-lhes-á a sair do egocentrismo.

 Maternal II

 No Maternal II serão enturmadas as crianças com três anos de idade que estão em franca expansão do ponto de vista físico, emocional e cognitivo. Usufruindo das conquistas realizadas, essas crianças encontram-se necessitadas de novos e mais complexos desafios. É preciso estar atento a suas falas, a seus gestos, a suas escolhas e atitudes e a produções diversas, para que se possa identificar desejos, necessidades e desafios que estejam demandando. Ela está ficando mais sociável e esporadicamente consegue ser cooperativa no grupo de convívio. Sua oralidade está se desenvolvendo bastante e ela se interessa cada vez mais pelas histórias contadas e/ou representadas, interagindo, literalmente “fisicamente e oralmente” com o conhecimento. Aqui ocorre o desenvolvimento das crianças nos momentos de rotina: sono, higiene e alimentação. É a hora de encorajá-las a fazer escolhas de alimentos, roupas e brinquedos, a ir sozinhas ao banheiro, a comer sozinhas, a arrumar seus pertences etc.


 FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL

 Identidade e Autonomia


 O ingresso da criança pequena na instituição de ensino (escola/creche) amplia e alarga o seu universo inicial, uma vez que o contato com outras crianças e com adultos de origens e hábitos culturais diversos proporciona chances de aprender novas brincadeiras e de adquirir conhecimentos sobre diferentes realidades. A maneira como cada um se vê depende também do modo como é visto pelos outros. Os traços particulares de cada criança, o jeito de cada uma e como isso é recebido pelo professor e pelo grupo em que se insere, tem grande impacto na formação de sua personalidade e de sua auto-estima, já que sua identidade está em construção. As crianças vão, gradativamente, acionando seus próprios recursos, percebendo-se e percebendo os outros como diferentes, o que representa uma condição essencial para o desenvolvimento de sua autonomia. A construção da identidade e da autonomia é para a criança o grande salto para a independência, sendo a autonomia definida como a capacidade de se conduzir e tomar decisões por si própria, levando em conta regras, valores, a sua perspectiva pessoal, bem como a do outro. Conceber uma educação em direção à autonomia significa considerar as crianças como seres com vontade própria, capazes e competentes para construir conhecimentos e, dentro de suas possibilidades, interferir no meio em que vivem. Exercitando o autogoverno em questões situadas no plano das ações concretas, poderão gradualmente fazê-lo no plano das idéias e dos valores. Processos como fusão e diferenciação, construção de vínculos e expressão da sexualidade são considerados como experiências essenciais ao processo de construção da identidade e da autonomia. O processo de fusão e diferenciação caracteriza-se pelo fato de que as crianças, ao nascerem, não diferenciam o seu próprio corpo e os limites de seus desejos. Podem ficar frustradas quando a mãe ou o adulto que delas cuidam não agem conforme seus desejos. As experiências de frustrações são bons momentos para favorecer a diferenciação entre o eu e o outro e, quando inseridas num clima de afeto e atenção, contribuem muito para o desenvolvimento pessoal da criança. É por meio dos primeiros cuidados que a criança percebe seu próprio corpo como separado do corpo do outro, organiza suas emoções e amplia seus conhecimentos sobre o mundo; daí, a importância do conhecimento do desenvolvimento infantil por profissionais que atendem a crianças dessa faixa etária. Para se desenvolver a criança precisa aprender com os outros por meio dos vínculos que estabelece. Se as aprendizagens acontecem na interação com as outras pessoas, sejam adultos ou crianças, essas aprendizagens também dependem dos recursos de cada criança. Dentre esses recursos destacam-se a imitação, o faz-de-conta, a oposição, a linguagem e a apropriação da imagem corporal. Na imitação, a criança desenvolve a capacidade de observar, aprender com os outros e identificar-se com eles, ser aceita e diferenciar-se. É entendida como um mecanismo de reconstrução interna e não meramente uma cópia ou repetição mecânica. As crianças começam observando e imitando as pessoas e coisas existentes a sua volta, principalmente as pessoas de seu círculo afetivo. A observação auxilia a criança na fase de construção do processo de diferenciação dos outros e, conseqüentemente, na sua identidade. Brincar é uma das atividades de fundamental importância no desenvolvimento da identidade e da autonomia. Nas brincadeiras, a criança, interagindo com o outro, desenvolve sua imaginação, sua capacidade de representação, atenção, imitação, memória etc. Na brincadeira do faz-de-conta a criança assume papéis, troca experiências, entende e se faz entender, brinca com o imaginário: às vezes é mãe, pai, médico, bombeiro etc. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que ela aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e sobre o outro. A oposição é outro recurso fundamental no processo de construção do sujeito. Opor-se, significa, em certo sentido, diferenciar-se do outro, afirmar o seu ponto de vista, os seus desejos e objetivos. O uso e a ampliação gradativa da linguagem é outro fator muito importante na aquisição da identidade e da autonomia visto que, ao mesmo tempo que enriquece e amplia as possibilidades de comunicação e expressão em sua forma mais ampla, a linguagem representa também um potente veículo de socialização. A linguagem corporal é outro veículo importante no desenvolvimento global da criança. Por meio de explorações, do contato físico com outras pessoas, das observações que faz do mundo, a criança constrói sua aprendizagem.


 Objetivos

 O estabelecimento de ensino que atende a população compreendida entre zero e três anos deve criar um ambiente de acolhimento que dê segurança e confiança à criança, garantindo oportunidades para que ela seja capaz de:
· utilizar os recursos de que dispõe para a satisfação de suas necessidades essenciais, expressando seus desejos, sentimentos, vontades, desagrado e agindo com progressiva autonomia;
· familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, conhecendo progressivamente seus limites, sua unidade e as sensações que ele produz; ]
· interessar-se gradualmente pelo cuidado com o próprio corpo, executando ações simples relacionadas à saúde e higiene;
 · brincar; · relacionar-se progressivamente com mais crianças, com seus professores e com os demais profissionais da instituição, demonstrando suas necessidades e interesses.


Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos

 · Comunicação e expressão de seus desejos, desagrado  necessidades, preferências e vontades em brincadeiras e nas atividades cotidianas.
· Reconhecimento gradativo do próprio corpo e das diferentes sensações e ritmos que produz.
· Identificação progressiva de algumas singularidades próprias e das pessoas com as quais convivem no seu cotidiano em situações de interações.
· Iniciativa para pedir ajuda nas situações em que isso se fizer necessário.
· Realização de pequenas ações cotidianas ao seu alcance para que adquira maior independência.
 · Interesse pelas brincadeiras e pela exploração de diferentes brinquedos.
 · Participação em brincadeiras de “esconder e achar” e em brincadeiras de imitação.
· Escolha de brinquedos, objetos e espaços para brincar.
· Participação e interesse em situações que envolvam a relação com o outro.
· Respeito às regras simples de convívio social.
· Higiene das mãos, com ajuda.
· Expressão e manifestação de desconforto relativo à presença de urina e fezes nas fraldas.
· Interesse em desprender-se das fraldas e utilizar o penico e o vaso sanitário.
 · Identificação de situações de risco no seu ambiente mais próximo.

 Sugestões de atividades 

 Cantar para os bebês as mesmas canções de ninar que seus pais ou parentes cantam e gradativamente introduzir outras;
 · embalar, ninar, tocar, massagear e acalentar os bebês que desejem ou necessitem desses cuidados para dormir;
 · conversar e propor atividades que falem sobre os medos, sonhos e fantasias, sobre o escuro, sobre o dormir etc.;
 · desenvolver brincadeiras de faz-de-conta, envolvendo temas do folclore local, contos, histórias clássicas, criação de cenários etc.;
· elaborar brincadeiras que visem a discussão da identidade cultural brasileira, bem como pluralidade cultural, etnias etc.;
 · instituir passatempos para que as crianças possam brincar sozinhas, acompanhadas, no grupo ou fora dele;
· utilizar músicas, objetos coloridos, espelho, danças e brincadeiras de faz-de-conta para que a criança reconheça e explore seu corpo;
· organizar o ambiente para possibilitar a exploração livre por parte dos bebês, com objetos coloridos, sonoros e seguros;
 · disponibilizar caixas, panos, fantoches, argolas, bambolês, cubos etc., para favorecer diversas interações que a criança possa estabelecer;
 · criar “cantinhos” que favoreçam a dinâmica da turma e ajudem a diminuir conflitos internos. Os “cantinhos” podem ser: casinha de boneca, gibiteca, supermercado, salão de beleza, pintura etc.


 CONHECIMENTO DE MUNDO 

 O âmbito de experiência Conhecimento de Mundo é constituído pelos eixos de trabalho:
 Movimento, Artes Visuais, Música, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Pensamento Lógico-Matemático.

 Movimento 

 As crianças se movimentam desde a vida intra-uterina, exploram o ambiente e adquirem, cada vez mais, o domínio de seu próprio mundo. Elas vão gradativamente aumentando as possibilidades de amplitude de seu corpo em interação com o mundo a sua volta. O movimento humano é muito mais que deslocamento do corpo no espaço. Constitui-se em uma linguagem que permite à criança crescer nessa interação - meio físico e social - ao brincar, jogar e dançar; enfim, criando e imitando ritmos, a criança está se apoderando da cultura corporal da sociedade que se encontra inserida. A criança se expressa e se comunica com o mundo, primeiramente, por meio do seu próprio corpo. É por meio da imitação, da mímica, da interação e expressão do seu corpo em movimento que ela interage com o outro. Para a motricidade da criança, a aquisição da capacidade de andar representa uma grande conquista; o andar propicia grande independência pois ela passa a explorar e a pesquisar o mundo a sua volta com mais liberdade e amplitude. As brincadeiras que se encontram presentes no universo infantil e que variam de uma cultura para outra apresentam-se como oportunidades privilegiadas para desenvolver habilidades no plano motor como pular amarelinha, soltar pipa, jogar bola, atirar com estilingue etc.

 Objetivos

 A prática educativa deve ampliar-se e organizar-se de forma que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
 · familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;
· explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
· deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc, desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;
 · explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento para o uso de objetos diversos.


 Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos

 Os conteúdos estão organizados em dois blocos.
 O primeiro refere-se às possibilidades expressivas do movimento e o segundo ao seu caráter instrumental. Expressividade
· Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros.
· Expressão de sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e linguagem oral. Equilíbrio e Coordenação
 A escola deve proporcionar à criança oportunidades para desenvolver, de forma global e harmoniosa, a coordenação de seus movimentos e o seu equilíbrio, privilegiando as brincadeiras desta faixa etária.
 · Exploração de diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc.
· Ampliação progressiva da destreza para deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, soltar etc.
 · Aperfeiçoamento dos gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas.

 Sugestões de atividades 

 Expressividade
 · Realizar, na hora do banho, massagens, estimulação das palmas das mãos e dos pés, movimentos na água junto com a criança etc.;
· favorecer o desenvolvimento oral e corporal por meio da música, juntamente com as atividades de higiene, trocas, alimentação etc.;
· proporcionar brincadeiras de roda, esconde/esconde e outras para permitir o desenvolvimento da oralidade, da espontaneidade e da socialização da criança;
 · utilizar brincadeiras com música para estimular as crianças na manutenção de boa postura (importante que o professor tome cuidados com sua própria postura, pois a criança age por imitação do adulto);
 · fazer uso de atividades no espelho, trabalhando a expressividade de cada um: as crianças farão caretas, mímicas, enfim, brincarão com a própria imagem;
 · desenvolver atividades relacionadas aos jogos de imitação e mímica.

 Equilíbrio e Coordenação 

 · Brincar em rodinhas levando a criança a levantar-se, sentar-se, andar, deitar, correr etc.;
 · contar histórias e pedir que as crianças participem com gestos e mímicas, dramatizando-as;
· organizar atividades onde a criança possa manipular grandes e pequenos objetos, pular obstáculos, andar para frente e para trás, empurrar objetos, encaixar etc.;
· proporcionar brincadeiras de estátua, fique onde está, corre-cotia, coelhinho na toca etc.;
· propor brincadeiras diversas com corda elástica, bambolês, garrafas plásticas, colchões, bastões, bolas etc.

 Artes Visuais 

 As Artes Visuais são linguagens que expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, cor, luz, sendo, portanto, uma das maneiras mais importantes de se expressar e se comunicar, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação e de modo especial na Educação Infantil.
As Artes Visuais são a expressão natural da criança; antes, porém, ela metaboliza suas experiências e desenvolve sua visão de mundo por meio do cotidiano e do contexto sociocultural no qual se encontra inserida. As crianças têm suas próprias impressões, idéias e interpretações de arte e do fazer artístico, que desde cedo sofrem influências da cultura. Mesmo assim, é possível identificar espontaneidade e autonomia na exploração e no fazer artístico das crianças, pois, seus trabalhos revelam o local e a época histórica em que vivem, suas oportunidades de aprendizagem, suas idéias ou representações sobre o trabalho artístico que realizam e a produção de arte à qual têm acesso, assim como seu potencial para refletir sobre ela. As Artes Visuais devem ser concebidas como uma linguagem que tem características próprias no âmbito prático e reflexivo cuja aprendizagem se dá através dos seguintes aspectos:
· fazer artístico;
· apreciação;
 · reflexão.
Antes de saber representar graficamente o mundo visual, a criança necessita associar, identificar e reconhecer diferentes objetos e funções. Para isso, ela precisa vivenciar, apreciar e aprender ludicamente o que a arte lhe proporciona em termos de desenvolvimento global.
 A Criança e as Artes Visuais Na Educação Infantil, o trabalho com Artes Visuais deve acontecer respeitando o nível de desenvolvimento, a faixa etária e as peculiaridades de cada criança para que ocorra o desenvolvimento de suas capacidades criativas. Várias modalidades artísticas são trabalhadas na Educação Infantil, mas o desenho se destaca por ter uma importância no fazer artístico e na construção de outras linguagens visuais.
 A fase dos rabiscos e garatujas já se inicia ao final do 1º ano de vida da criança;
 a repetição e exploração desses movimentos vai proporcionando a construção do conhecimento de si próprio, do mundo e das ações gráficas.
O desenho da criança evolui e passa das garatujas para formas mais ordenadas, surgindo os primeiros símbolos. Nas atividades com desenhos ou criações artísticas as crianças brincam, surgindo o “faz-de-conta” e verbalizam a respeito de suas criações. Oferecer ao trabalho com Artes Visuais uma conotação decorativa, utilizá-lo como passatempo ou reforço de aprendizagem, são algumas das práticas correntes que devem ser evitadas.
 As Artes Visuais devem visar a um trabalho que cumpra o seu papel de auxiliar no desenvolvimento pleno das capacidades criadoras da criança.

 Objetivos 

 A prática do aprendizado em artes deve ser organizada de forma a proporcionar às crianças oportunidade de: · vivenciar momentos de interação coletiva onde os bebês possam estar próximos, percebendo a presença uns dos outros;
· explorar objetos de diferentes matérias-primas por meio dos sentidos: agarrar, morder, cheirar etc.; · observar os interesses e as necessidades do bebê, considerando-as na proposta de novas ações;
 · brincar ao ar livre com areia, água e outros materiais; · apreciar os trabalhos umas das outras; · representar plástica e graficamente as vivências do cotidiano;
 · ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística;
· utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação.


Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos

 Os conteúdos estão organizados em dois blocos.
O primeiro refere-se ao fazer artístico e o segundo à apreciação em Artes Visuais.

 O Fazer Artístico 

 Para o fazer artístico faz-se necessária a utilização de instrumentos, materiais e suportes, a partir do momento em que as crianças possuam condições motoras para manuseá-los. É necessário, também, atentar-se para as atividades propostas, visto que o interesse e a atenção das crianças dessa faixa etária é de curta duração, e o prazer da atividade advém exatamente da ação exploratória.
Conteúdos relacionados ao fazer artístico:
 · exploração e manipulação de materiais de diferentes texturas e espessuras, de materiais diversos e de variados suportes gráficos;
 · exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas gráficas; · cuidado com o próprio corpo e o dos colegas no contato com os suportes e materiais de artes;
 · cuidado com os materiais, com os trabalhos e com os objetos produzidos individualmente ou em grupo. 

Apreciação em Artes Visuais 

 Com relação à leitura das imagens, deve-se dar preferência a materiais bastante diversificados e que tenham significado para as crianças, para que estas possam reconhecer e estabelecer relações com seu universo. É aconselhável que as crianças tenham liberdade para realizar tais observações e tecer os comentários que desejarem. Ao realizar tais atividades, o professor pode atuar como incentivador da apreciação e da leitura da imagem.

Conteúdo relacionado à apreciação em Artes Visuais: 

· observação e identificação de imagens diversas.

 Sugestões de Atividades

 · Levar a criança a imitar formas e figuras por meio da representação;
· proporcionar exploração de marcas, gestos e texturas; · confeccionar tintas e massas com a participação das crianças para observação das propriedades, possibilidades de registro e transformações;
· propiciar o contato e a exploração dos elementos da natureza como folhas, sementes, gravetos, flores, insetos etc.;
· promover excursões aos locais próximos à instituição para extrair barro propício a modelagens; · propor desenhos sobre diversos tipos de superfície como lixa, argila, papel liso, rugado etc.;
 · utilizar técnicas variadas para realização de trabalhos com tinta como esponjas, canudos, carimbos etc.; · realizar com a criança trabalhos de colagem com sucata, revistas, papéis diversos, gravuras etc.;
· propor trabalhos tridimensionais por meio da colagem, montagem e justaposição;
· favorecer a articulação das sensações corporais e das marcas gráficas;
 · promover impressão de marcas em papel comprido ou no chão, para que as crianças caminhem e percebam suas marcas (claras/escuras);
 · imprimir com as crianças marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
· proporcionar a confecção de desenhos a partir da observação das situações (cenas, pessoas e objetos), de imagens significativas (histórias), de seu próprio desenho (escala maior ou menor) etc.;
· utilizar “projetos” nas diferentes atividades (os “projetos” poderão ser abrangentes ou restritos ao tema ou assunto; o importante é mobilizar todas as áreas do conhecimento).

 Música

 É a linguagem que se traduz em formas sonoras de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e do relacionamento expressivo entre o som e o silêncio.
A música é uma combinação de sons e está presente em todas as culturas. A sua utilização na Educação Infantil propõe uma íntima vinculação entre sensações, prazer e ritmo. A criança que está em processo de desenvolvimento a traduz como forma de comunicação oral e expressão corporal para interagir com o mundo. Por meio da música são expressos todos os ritmos existentes na vida em geral. Mesmo nos seres inanimados como os do reino mineral há um ritmo nos seus movimentos quando são atingidos externamente. A musicalidade está no movimento do mar, do vento, das pedras, do pulsar do coração. Não há como conceber a existência da criança sem a música em suas diversas maneiras de acontecer. A Criança e a Música Entendendo a música como meio de expressão e uma forma de conhecimento acessível às crianças de 0 a 3 anos, ela não pode ser vista como um produto pronto e acabado que serve para ser reproduzido mas sim como uma linguagem cujo conhecimento se constrói e que abre espaço para atividades de criação, percepção, apreciação e reflexão. Para as crianças de 0 a 3 anos, o ambiente sonoro, em diferentes e variadas situações, inicia um processo de musicalidade de forma intuitiva. É necessário que o adulto cante melodias curtas, cantigas de ninar, que ofereça brincadeiras cantadas, com rimas, parlendas etc., pois as crianças, nesta fase, possuem um verdadeiro fascínio por tais atividades e sons. Os bebês estimulados por estes jogos tentam imitar e responder, desenvolvendo, assim, um vínculo com o adulto e com a música, sendo estes momentos significativos no desenvolvimento afetivo e cognitivo. Proporcionar a escuta de diferentes sons ambientais ou de brinquedos sonoros é uma fonte de observação e descoberta do bebê. O que caracteriza a produção musical das crianças nesse estágio é a exploração do som e de suas qualidades, que são a altura, duração, intensidade e o timbre. Nessa faixa etária a criança não deve ser treinada para a leitura e escrita musical na instituição de Educação Infantil. O mais importante é que ela possa ouvir, cantar e tocar muito, criando formas de notações musicais com a orientação dos professores.

 Objetivos 

 O desenvolvimento das capacidades e possibilidades da criança de 0 a 3 anos, que deverão ser alcançadas com o trabalho de musicalidade, são:
· ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes e produções;
 · brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais.

 Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos

Os conteúdos estão organizados em dois blocos.
O primeiro refere-se ao Fazer Musical e o segundo à Apreciação Musical. Fazer Musical

O Fazer Musical ocorre por meio da improvisação, composição e da interpretação.
 · Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o corpo, o entorno e materiais sonoros diversos;
 · interpretação de músicas e canções diversas; · participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos.

Apreciação Musical

 A Apreciação Musical refere-se à audição e interação com músicas diversas. A escuta musical deve fazer parte do cotidiano e deve integrar várias atividades. Podem ser usadas músicas do cancioneiro popular, erudita, MPB, regionais, infantis etc. Não se deve ouvir rádios comerciais de interesse exclusivo do adulto durante o trabalho na rotina das creches; deve-se utilizar esse espaço para cantar e brincar com sons próprios das crianças, músicas infantis etc.
 · Escutar obras musicais variadas;
· participar de situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.

Sugestões de Atividades 

 · Propiciar a escuta de diferentes sons produzidos por brinquedos sonoros;
 · levar a criança a ouvir e aprender canções, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc.;
 · estimular a produção de sons diversos (vozes de animais, ruídos, palmas, batidas de pés...);
· favorecer a exploração de materiais sonoros de corda, percussão e sopro;
· promover o contato com obras musicais diversas;
 · gravar as produções e interpretações das crianças;
 · realizar, durante o banho, brincadeiras com água e brinquedos sonoros alternando som e silêncio; · promover passeios pelo ambiente escolar para explorar os sons de cada espaço;
 · oferecer oportunidades de ouvir e observar os sons da natureza, em atividades externas;
 · confeccionar materiais sonoros, observando o nível de habilidade de cada turma;
· contar histórias enfatizando os sons existentes;
· proporcionar a participação em jogos e brincadeiras cantadas;
· promover a exploração livre dos sons graves e agudos (altura), forte ou fraco (intensidade), curtos ou longos (duração).
· As melodias, as canções e acalantos têm um espaço cativo neste período.
 Não se deve esquecer das parlendas como brincadeiras para desenvolvimento oral.
 · Os acalantos e brincos são formas de brincar musical característico da primeira fase da vida da criança. Exemplos:
 Acalantos – Boi da cara-preta Brilha, brilha estrelinha Dorme, neném Mamãe Brincos – Serra, serra, serrador Palminhas de guiné Dedo mindinho Upa, upa, cavalinho Parlendas – Hoje é Domingo, pé de cachimbo... Tempo perguntou ao tempo... Doce perguntou ao doce... Rei capitão, soldado, ladrão... Lá em cima do piano... Uni, dune, tê, salamê... Fui no cemitério, tério, tério... Quando o relógio bate a uma, tumba, lá, catumba... (dança da caveira)

 Linguagem Oral e Escrita 

 Desde o nascimento, o bebê está imerso num mundo de sons que lhe chegam em forma de vozes humanas e ruídos do ambiente, sendo estimulado e organizado em relação a si mesmo e ao mundo com o qual está interagindo. Por meio das diversas utilizações da fala dos adultos é que as crianças vão construindo o sentido, percebendo a necessidade da fala, desejando ser falantes e necessitando se expressarem por intermédio da fala (até então se expressavam por meio de gestos e choros para demonstrar as suas necessidades). Como a gestualidade tem a ver com o corpo todo, a fala tem a ver mais especificamente com a boca. Com isso, a boca tem um papel fundamental na vida da criança até os 2 anos aproximadamente. Damos conta que a construção da oralidade pela criança passa pela conquista da fala, mas não se reduz a ela; e que a sua evolução oral vai do balbucio à articulação correta das palavras, de frases completas. É fundamental que o adulto estimule a fala e valorize suas diferentes produções orais. Na Educação Infantil, o trabalho com a linguagem constitui-se em um dos seus eixos básicos, devido à importância da apropriação da língua com seus significados culturais para a interação social, a construção de conhecimentos e o desenvolvimento das estruturas de pensamento. A ampliação das capacidades de comunicação e expressão e o acesso ao mundo letrado se dá por meio do desenvolvimento gradativo das quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. O aprendizado da linguagem oral ocorre dentro de um contexto, por meio do diálogo, nas situações que tenham significado para a criança. Dar oportunidade à criança de relatar experiências, fatos, contar uma história, transmitir um recado, explicar uma brincadeira, propiciará o desenvolvimento de sua linguagem de forma significativa. Linguagem A linguagem, seja oral ou escrita, constitui-se num dos elementos que mais possibilita à criança sua inserção e participação nas práticas sociais. Por meio da interação entre adulto e criança, a linguagem vai sendo construída e evoluindo gradativamente dentro de uma estrutura linguística  A emissão dos primeiros sinais comunicativos da criança ocorre por meio do choro, sorriso e gestos, sendo que desta forma ela estabelece uma interação com o adulto e o mundo. O recém-nascido desenvolve sua capacidade de comunicação que antecede o desenvolvimento da linguagem. A linguagem infantil vai evoluindo de um sistema de formas muito rudimentares e concretas, para formas mais complexas e abstratas. A criança se expressa por meio de vocábulos que se iniciam com o balbucios que passam por emissão de certos sons como: “aaa...”, “eee...”, que são fases distintas até chegar à articulação correta das palavras no processo do desenvolvimento da linguagem oral.
A aprendizagem da fala pelas crianças não se dá de forma desvinculada das suas sensações e desejos, pois a competência linguística abrange as capacidades de entender como de ser entendida, antes de expressar-se oralmente. A criança e a linguagem A necessidade de se comunicar do bebê inicia-se muito cedo. Ele se esforça para expressar seus desejos, suas necessidades, por meio do choro, que é diferente de quando é por fome, por dor, por desconforto, ou por sono. Para cada necessidade ele exprime um som diferente; por intermédio também de gestos, sinais, linguagem corporal etc., os bebês vão estabelecendo suas vocalizações e tentativas de comunicação. Aos poucos eles vão se apropriando da fala do adulto que, ao se comunicar com os bebês, utiliza desde uma linguagem breve, simples e repetitiva até frases mais complexas. É nessa interação que o bebê constrói sua linguagem.
A partir do 1º ano de vida a criança já tenta entender os significados dos sons que ouve e procura utilizá-los para se fazer entender. A partir daí vão testando suas hipóteses e associando outros dados para a elaboração da sua linguagem. Nas brincadeiras de faz-de-conta, de falar no telefone, nas músicas, parlendas, rimas, jogos verbais, nas situações cotidianas, no diálogo com outras crianças e com os adultos, as crianças vão experimentando suas descobertas e enriquecendo-as para estabelecer sua comunicação, para serem ouvidas, compreendidas e obterem respostas. Sua participação em atos de linguagem propiciará a construção da linguagem oral, num processo de aproximações sucessivas com a fala do outro. A ampliação dessas capacidades dar-se-á gradativamente por meio de sua participação nas conversas cotidianas, em brincadeiras, escuta e canto de música, escrita de leitura de textos e histórias. A partir de 2 ou 3 anos de idade a criança pode começar sua reflexão sobre o mundo da escrita.
 Surgem as perguntas: O que está escrito aqui? Lê uma história prá mim? É a percepção de que a escrita está representando alguma coisa. Deve-se então propiciar à criança um contato rico com materiais escritos, livros, revistas, jornais, propagandas, gibis e rótulos. Elas vão, a partir daí, elaborando hipóteses sobre os processos de leitura e escrita que variam dentro da mesma faixa etária, dependendo do grau de experiência que cada uma tem com a linguagem escrita. Quando o educador prepara um convite para reunião de pais, escreve uma carta, lê uma notícia de interesse das crianças, lê um bilhete deixado por outro professor está integrando atividades de exploração dos recursos da leitura e escrita e proporcionando às crianças um ambiente alfabetizador, que é ainda mais importante para as crianças provenientes de comunidades onde tiveram pouca oportunidade de presenciar atos de leitura e escrita.

 Objetivos

 · Participar de várias situações de comunicação oral, para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral;
 · interessar-se pela leitura de histórias;
· familiarizar-se aos poucos com a escrita por meio de participação em situações nas quais se faz necessário o contato cotidiano com livros, revistas, músicas etc.;
· valorizar a relação adulto–criança e criança- criança para o desenvolvimento da linguagem;
· valorizar na criança e/ou no bebê o conhecimento de seu próprio corpo, de suas partes, nomeando-as.

Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos

 A organização dos conteúdos de linguagem oral e escrita deve-se subordinar a critérios que possibilitem, ao mesmo tempo, a continuidade em relação às propostas didáticas, ao trabalho desenvolvido nas diferentes faixas etárias, e à diversidade de situações pedagógicas em um nível crescente de desafios. O desenvolvimento da linguagem pressupõe interações com outros falantes da língua materna do sujeito com os quais ele possa se comunicar e a apresentação das diversas formas de linguagem, levando a criança a reconhecer-se como ser que interage consigo e com outros elementos.
Para isso, são propostos eixos de conteúdos como:
· uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interação presentes no cotidiano;
 · participação em situações de leitura de diferentes gêneros, feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas etc;
 · participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da escrita; · observação e manuseio de materiais impressos como livros, revistas, histórias em quadrinhos etc.

Sugestões de Atividades 

 · Conversar e cantar, freqüentemente, com o bebê para intensificar a relação afetiva e desenvolver a linguagem;
· instigar a emissão de sons e a pronúncia de pequenas palavras carregadas de significado para o bebê;
· incentivar a fala da criança nos diálogos, nas rodinhas etc.;
· dialogar, na troca de roupas e na hora do banho, deixando a criança expressar verbalmente suas idéias e conhecimento do mundo com liberdade;
· valorizar as conversas com os colegas, contando os acontecimentos vividos no seu dia-a-dia, casos e histórias ouvidas em casa;
 · disponibilizar livros e revistas para folhear e nomear figuras, personagens, gravuras e reconhecer a linguagem escrita;
· incentivar a criança a recontar pequenas histórias ou contar uma notícia, fato que viu na TV etc.;
 · contar histórias e levar a criança a comentar;
· proporcionar dramatizações com máscaras, fantoches, mímicas, imitar voz de personagens, animais;
· propiciar brincadeiras de teatrinho usando roupas, sapatos, bolsas e outros objetos de adulto, deixando que as crianças criem diversas situações;
· deixar que a criança se expresse livremente ou faça desenhos das histórias, parlendas etc.;
· estimular a interação com outras crianças e adultos;
· deixar a criança transmitir recados simples;
· levar a criança a falar o nome das pessoas e objetos que estão por perto, pronunciando corretamente as palavras;
· trabalhar com projetos de acordo com a faixa etária;
 · propiciar jogos de percepção e observação em situações cotidianas;
· proporcionar momento de conto de histórias em ambientes diversificados (debaixo de árvores, antes de dormir etc.); · incentivar o reconhecimento de rótulos;
· direcionar a ação pedagógica de forma a criar situações de fala e compreensão da linguagem (gravar fala, entrevistas com as crianças etc.).

Natureza e Sociedade 

As crianças, desde muito pequenas, aprendem sobre o mundo por meio de sua interação com o meio natural e social em que vivem. O trabalho a ser realizado dentro do eixo denominado Natureza e Sociedade deve reunir de forma integrada temas relacionados aos mundos social e natural vivenciados pelas crianças; porém, faz-se necessário respeitar as especificidades das fontes, abordagens e enfoques advindos dos diferentes campos das Ciências Humanas e Naturais. Isso, devido ao fato de que muitas vezes os temas abordados não ganham profundidade e tampouco a importância necessária, o que prejudica a construção de conhecimentos sobre a diversidade de realidades sociais, culturais, geográficas e históricas, além de difundir estereótipos culturais. É necessário que as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, que sejam incentivadas por questões significativas para observá-los e explicá-los e que tenham acesso a modos diferentes de compreendê-los e representá-los. O trabalho a ser realizado com os conhecimentos derivados das Ciências Naturais e Humanas deve ser voltado para a ampliação das experiências das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre o meio social e natural no qual estão inseridas. Alguns conhecimentos sociais e culturais são difundidos por povos de diversos lugares e de épocas variadas, presente e passado, apresentando diferentes respostas para as perguntas sobre o mundo social e natural. Os mitos e as lendas, por exemplo, são uma das muitas formas de explicar os fenômenos da sociedade e da natureza, que permitem identificar semelhanças e diferenças entre conhecimentos construídos por diversos povos e culturas; outro bom exemplo é a música popular, que através do tempo, conta a história de um povo. O conhecimento científico socialmente construído e acumulado historicamente se difere das outras formas de explicação e representação do mundo, visto que apresenta um modo particular de produção de conhecimento de muita importância para o mundo atual, pois as descobertas científicas marcam a relação entre o homem e o mundo. A experimentação e a interação da criança ao meio físico e social irá lhe permitir formular novas hipóteses, criar e recriar conceitos significativos. Enfim, o trabalho a ser realizado dentro desse eixo deve proporcionar às crianças experiências que possibilitem uma aproximação do conhecimento das diversas formas de representação e explicação do mundo social e natural para que assim possam estabelecer as diferenças existentes entre mitos, lendas, explicações provenientes do “senso comum” e conhecimentos científicos. A Criança, a Natureza e a Sociedade Desde pequenas, as crianças já começam a explorar o seu espaço, reconhecer vozes de pessoas, vislumbrar possibilidades de descobertas e perceber os fenômenos naturais com curiosidade e dinamismo. Neste início de vida, a criança tem uma necessidade natural de conhecer, descobrir e construir hipóteses novas, arriscando respostas e explicações para os fenômenos apresentados no seu cotidiano. O contato com o mundo permite à criança construir conhecimentos práticos à sua volta, relacionados à sua capacidade de perceber a existência de objetos, seres, formas, cores, som, odores, de movimentar-se nos espaços e manipular objetos, descobrir o seu próprio corpo, experimentando expressar e comunicar seus desejos e emoções sobre o seu mundo. Observando-se com bastante atenção os bebês, veremos que suas ações, como olhar de onde está vindo o som ou algo que se movimenta quando tenta pegar, empurrar, virar a cabeça e outras atitudes desse tipo, têm por objetivo explorar a realidade que os cerca para melhor conhecê-la. Pode-se afirmar que as crianças são pesquisadoras em potencial, pois estão atentas a tudo que está à sua volta e, por meio do contato com seu próprio corpo, com as coisas do seu ambiente, com outras crianças e adultos, vão desenvolvendo suas capacidades afetivas, sua auto-estima, sua sensibilidade, o raciocínio, a linguagem e o pensamento.
Os educadores que têm a responsabilidade de cuidar/educar crianças nessa faixa etária desempenham um papel fundamental no processo de desenvolvimento infantil, servindo de intérpretes entre a criança e o mundo ao seu redor. Para que as crianças compreendam o meio em que vivem e as normas da cultura na qual estão inseridas, os adultos devem nomear objetos, organizar situações, expressando sentimentos etc. Nesse processo de desenvolvimento é fundamental que a criança seja aceita e se sinta querida e respeitada pelo adulto, atentando-se para a construção da sua auto-estima.
respeito vai além do aspecto emocional; passa também pelo cognitivo, pois é preciso respeitar a espontaneidade da criança e sua lógica de interpretação própria, as hipóteses que elabora e a forma como resolve conflitos de seu cotidiano. O educador deve ter claro que esses domínios e conhecimentos não se consolidam nessa etapa mas que são construídos à medida em que as crianças desenvolvem atitudes de curiosidade, de refutação e de reformulação de explicações para a diversidade de fenômenos e acontecimentos do mundo social e natural.

Objetivos

A ação educativa com crianças de 0 a 3 anos deve ser organizada de forma que elas desenvolvam as seguintes capacidades:
· explorar amplamente o ambiente, para que possam se relacionar com diferentes pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse;
· ampliar as possibilidades de relações e explorações com objetos e seres vivos existentes em seu meio ambiente.

 Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos 

Os conteúdos a serem desenvolvidos deverão ser organizados de forma a atender as diferentes realidades e necessidades significativas para as crianças. Os conteúdos deverão ser selecionados em função dos seguintes critérios:
· relevância social e vínculo com as práticas sociais significativas; · grau de significado para a criança; · possibilidade de oferecer a construção de uma visão do mundo integrada e relacional;
· possibilidade de ampliação de repertório, de conhecimento, a respeito do mundo social e natural.
 O trabalho relativo à natureza e à sociedade, nessa faixa etária, acontece inserido e integrado no cotidiano da criança; por isso, não são selecionados blocos de conteúdos. Porém, destacam-se idéias relacionadas aos objetivos definidos anteriormente e que podem estar incluídos nas atividades da rotina infantil, tais como: · participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos;
 · exploração de diferentes objetos, de suas propriedades e de relações simples de causa e efeito;
 · contato com pequenos animais e plantas;
· conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas. Sugestões de Atividades
 · Propiciar às crianças a observação da diversidade de pequenos animais presentes no ambiente;
· criar alguns animais na instituição, como tartarugas, passarinhos, peixes etc., com a ajuda das crianças; · trocar idéias com as crianças quanto aos cuidados para criação de alguns animais domésticos com a ajuda do adulto;
· levar as crianças a identificar os perigos que cada animal oferece, como mordidas, bicadas etc.;
· incentivar a participação das crianças em atividades relacionadas à alimentação e à limpeza;
· propiciar o acompanhamento do crescimento de plantas;
· cultivar pequenos vasos ou floreiras, propiciando às crianças o acompanhamento de suas transformações;
 · proporcionar a participação na preparação para plantio de uma horta coletiva no espaço externo;
· ampliar o repertório histórico e cultural das crianças por meio de músicas, jogos e brincadeiras dos tempos de seus pais e avós;
· oportunizar o manuseio e a exploração de diferentes tipos de objetos;
· realizar misturas de elementos para observação das transformações decorrentes dessas misturas;
· elaborar receitas culinárias e utilizá-las com as crianças (massas caseiras, tintas não tóxicas); · propiciar a exploração dos diversos órgãos sensoriais e suas funções como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar para percepção do corpo e das interações que ele estabelece;
· nomear com as crianças as partes do corpo e algumas funções de forma contextualizada, por meio de situações reais e cotidianas;
· promover excursões pelos arredores da instituição para reconhecimento de animais, a fim de que as crianças percebam os sons produzidos, onde se abrigam, como se locomovem, como se alimentam etc.;
 · aproveitar as situações que surgem, os relatos de excursões e as brincadeiras (um inseto que entra na sala de aula, a gravidez da professora, novelas, filmes, animais vistos no trajeto para a escola);
· formular questões provocadoras para que as crianças manifestem suas hipóteses e encadeiem novas questões (Ex.: chuva caindo, relâmpagos, caule das plantas, tronco quebrado ou apodrecido etc.);
· oportunizar informações em fontes variadas (livros, revistas, jornais, filmes etc.);
· oferecer informações que enriqueçam os temas de estudo (pessoas-fonte como: bombeiros, técnicos, SEMATEC etc.);
· promover excursões ao zoológico, chácaras, sítios, que possibilitem suscitar compreensão e reconhecimento da fauna e flora do local;
· valorizar o relato das experiências dos pais ao falarem do nascimento de seus filhos, de seu trabalho etc.;
· desenvolver projetos que integrem diversas dimensões do mundo social e natural. 

Pensamento Lógico-Matemático 

O pensamento lógico-matemático está presente na vida da criança desde seu nascimento. As crianças participam de uma série de situações envolvendo números, relações entre quantidade, noções sobre espaço etc. As atividades desenvolvidas na Educação Infantil devem abordar o pensamento lógico-matemático, não se limitando apenas em preparar o aluno para o aprendizado de Matemática no ensino fundamental.
A vivência e a manipulação de material concreto, bem como a estruturação do pensamento lógico, devem superar a preparação e o simples treino para os conhecimentos futuros. A integração desse processo possibilitará às crianças modificarem seus conhecimentos prévios, matizá-los, ampliá-los ou diferenciá-los. Nessa atividade, as crianças podem estabelecer relações entre novos conteúdos e os conhecimentos prévios, usando para isso os recursos de que dispõem. Essas interações promovem avanços naquilo que a criança é capaz de realizar com a ajuda dos outros, no seu desenvolvimento potencial.
A instituição de Educação Infantil pode ajudar as crianças a organizarem melhor as suas informações e estratégias, bem como proporcionar-lhes condições para aquisição de novos conhecimentos matemáticos. O pensamento lógico-matemático é um dos atributos do desenvolvimento cognitivo de cada pessoa. Pode ser construído por meio de objetos externos instigantes, com os quais as crianças possam interagir, construir, manipular e pensar. As construções internas não são espontâneas, mas provocadas; não são inatas e sim desenvolvidas por princípios, os quais, por sua vez, são resultantes de classificações, seriações e ordenações do sujeito. Portanto, o trabalho com a Matemática pode contribuir para a formação de cidadãos autônomos capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver quaisquer problemas, sejam eles de ordem numérica ou não.

 A Criança e a Matemática 

 Por meio da interação das relações que a criança estabelece com o meio são construídas as noções matemáticas. Nesta faixa etária - de zero a 3 anos - a criança passa por um intenso processo de mudança e estabelece diversos tipos de relações com o conhecimento lógico-matemático, como:
comparações, representações mentais, expressão de quantidade, deslocamento no espaço etc.
Quando as crianças respondem a pergunta “quantos?” ou “quando?” mesmo que a resposta seja aleatória, elas estão fazendo uso do conhecimento lógico-matemático, revelando algum discernimento sobre o sentido de quantidade e tempo. Conforme desenvolvem-se, vão conquistando maior autonomia e estabelecendo relações mais elaboradas com as noções matemáticas.
Os conceitos matemáticos não são a finalidade do trabalho com este grupo de crianças. A ação do educador deve ter um caráter múltiplo, levando as crianças a se interessarem e estabelecerem relações sobre várias áreas. São muitas as formas de se trabalhar esses conceitos, que devem estar sempre inseridos e integrados no cotidiano das crianças. Objetivos A abordagem da matemática na Educação Infantil tem como finalidade proporcionar oportunidades para que as crianças desenvolvam as capacidades de: · estabelecer aproximações com algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano;
· construir as relações espaciais e temporais;
· identificar pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço.

 Eixos Norteadores e Blocos de Conteúdos

 Na seleção e organização dos conteúdos matemáticos, deve-se levar em conta que:
 · aprender Matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e estabelecem relações com base nas observações, experiências e ações que fazem, desde cedo, sobre elementos do seu ambiente físico e sociocultural;
· a construção de competências matemáticas pela criança ocorre simultaneamente ao desenvolvimento de inúmeras outras competências de naturezas diferentes e igualmente importantes, tais como comunicar-se oralmente, desenhar, ler, escrever, movimentar-se, cantar etc.
Os conteúdos citados a seguir foram propostos a fim de que a criança desenvolva idéias matemáticas elementares que digam respeito a conceitos aritméticos e espaciais.
 · Utilização de contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e de espaço em jogos, brincadeiras e músicas junto com o professor e nos diversos contextos nos quais as crianças reconheçam essas utilizações como necessárias;
· manipulação e exploração de objetos e brinquedos, em situações organizadas, de forma a existirem quantidades individuais suficientes para que cada criança possa descobrir as características principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar etc.

 Sugestões de Atividades

 · Oportunizar à criança brincadeiras como jogos de esconder ou de pega-pega onde um dos participantes deverá contar, enquanto espera os outros se posicionarem;
· propor brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem (Ex.: a galinha do vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bota dois... etc.);
· estimular a representação por meio de desenho para expressar suas idéias e registrar informações;
· levar a criança a desenhar objetos a partir de diferentes ângulos de visão, visto de cima, de baixo, de lado; · propor situações que propiciem a troca de idéias sobre as representações;
· propor representações tridimensionais como construções com bloco de madeira, de maquetes, painéis etc.;
 · propiciar a utilização dos mais diversos materiais: areia, massa de modelar, argila, pedras, folhas, pequenos troncos de árvores para construções;
 · construir diferentes circuitos de obstáculos com cadeiras, mesas, pneus e panos por onde as crianças possam engatinhar ou andar;
· possibilitar a representação do espaço numa outra dimensão (construir torres, pistas para carros e cidades, em blocos de madeira ou encaixe);
· organizar painel com pesos e medidas das crianças para que elas observem suas diferenças (comparar o tamanho de seus pés e depois olhar os números em seus sapatos);
· oportunizar à criança audição de músicas do folclore brasileiro, de rimas infantis, envolvendo contagem e números utilizados como forma de aproximação com a seqüência numérica oral; · organizar um quadro de aniversariantes, contendo a data do aniversário e a idade de cada criança;
· providenciar, para cada berço, objetos (brinquedos, argolas, móbiles) para que o bebê possa observar, tocar, tendo um despertar prazeroso.

 BERÇÁRIO/MATERNAL 

 A atenção pedagógica dispensada às crianças de zero a três anos, hoje atendidas em creches e distribuídas em berçário e maternal, é de certa forma a mesma dispensada à criança em idade pré-escolar. A grande diferença é o grau de complexidade e a maneira de se conduzir o trato didático, que deve ser buscado e ampliado à medida que a criança cresce e se desenvolve. É importante que, por meio da interação harmoniosa com o adulto, com seus pares e com o ambiente, priorize-se a construção da autonomia, o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático, o desenvolvimento das diferentes linguagens, a interação com o meio social e cultural etc.
Toda proposta de trabalho destinada tanto para o berçário quanto para o maternal deve levar em consideração a fragilidade e a particularidade de seres ao mesmo tempo tão pequenos e tão ávidos de conhecimentos e descobertas. Daí a importância do estabelecimento de vínculos afetivos adulto/criança e criança/criança, do brincar livremente e com segurança, para a estruturação de uma personalidade sadia e feliz. Os objetivos traçados para o berçário e maternal partem do princípio de que a criança é um sujeito ativo na construção do seu conhecimento, na estruturação de sua inteligência, que aprende por meio de suas experiências, ações e reflexões, na interação com o adulto, com outras crianças e o ambiente, devendo ser respeitado como cidadão que tem o direito de viver o seu próprio tempo. Adaptação Os momentos iniciais na creche exigem sempre um esforço de adaptação da criança, da família e daqueles que assumem seus cuidados. A época de adaptação é muito especial. Todos desejam que ela caminhe da melhor forma. Mas, para cada criança e cada família, esse processo ocorre de uma maneira ligeiramente diferente e, em parte, imprevisível. Esse período de adaptação pode ser cuidadosamente planejado para promover a confiança e o conhecimento mútuos, favorecendo o estabelecimento de vínculos afetivos entre as crianças, as famílias e os educadores. Dá-se, assim, oportunidade para a criança ter experiências sociais diferentes da experiência familiar, fazendo contatos com outras crianças em um ambiente estimulante, seguro e acolhedor. Vale lembrar que o fato de ter uma pessoa familiar junto à criança, na creche, nesse período inicial, possibilita à família conhecer melhor o local e o educador com quem a criança vai ficar. Geralmente, isso faz com que todos adquiram maior segurança. Essa fase inicial, em que criança, família e educador estão se conhecendo, pode durar dias, meses ou melhor, eles sempre estarão se conhecendo. Por isso se diz que a adaptação, de certa forma, nunca termina. Digamos que há uma fase em que o desafio é maior. É importante, nessa fase, que todos, pais e educadores, compreendam e respeitem o momento da criança de conhecer o novo ambiente e de estabelecer novas relações. Se esse período de adaptação for bem conduzido, possibilitará que pais e educadores, por meio de sua convivência, estabeleçam uma relação produtiva, de confiança e respeito mútuo. Estimulação Os bebês aprendem a conhecer o mundo e se desenvolvem na interação que estabelecem com o meio. Por isso, a relação entre a criança e o adulto que dela cuida deve ser rica em estímulos para que esse desenvolvimento ocorra de forma eficiente. A lida cotidiana com esses bebês deve ocorrer em um ambiente acolhedor e estimulante. É importante que os procedimentos iniciados junto à criança (rolamentos, trabalhos com as articulações, toques das extremidades etc.) sejam finalizados, mesmo sem a sua colaboração. O melhor executar as atividades por poucos minutos e várias vezes ao dia para que sejam respeitados seus momentos de concentração, que nesta faixa etária são muito curtos. Não esquecer que é normal que o bebê leve à boca todo objeto que consegue segurar. É seu jeito de conhecer as coisas; cabe ao educador tomar cuidados com objetos muito pequenos, sujos e cortantes. A repetição e os elogios são muito importantes para que as crianças se sintam estimuladas a avançar na construção do seu conhecimento. Para isso, o educador pode utilizar atividades de estimulação como as seguintes:
· levar a mão do nenê a acariciar o seu rosto e fazer o mesmo com sua mão no rosto do nenê;
 carregar a criança nos braços, voltada para a frente, formando uma cadeira com seus próprios braços, ou então acomodá-la de bruços, pois assim ela terá uma maior amplitude visual;
 · fazer movimentos com objetos coloridos, que façam barulho, para que a criança ouça, observe e acompanhe; · pendurar objetos coloridos e sonoros (sem exagerar na quantidade) em posições diferentes e na altura que a criança possa alcançar (no início, ela só olhará para eles; mais tarde, tentará tocá-los);
 · acomodar o nenê no chão, de bruços, sobre um tapete ou cobertor, com vários objetos coloridos ou que façam barulho à sua frente; fazer um pequeno rolo com uma toalha e colocá-lo debaixo do peito do nenê, estimulando-o para que ele se mova em direção aos objetos;
· oferecer a mamadeira para o bebê, ajudando-o a segurá-la com as duas mãos, em posição reclinada. Olhar sempre nos olhos dessa criança e conversar com ela;
· procurar deixar o nenê entre 3 e 6 meses, quando acordado, em posição reclinada, apoiado em travesseiro e com suas próprias mãos colocadas à frente; · procurar tornar a hora do banho bem agradável, segurando o bebê firme, para que se sinta seguro. Fazer brincadeiras como bater as mãos e os pés na água, colocar objetos que fiquem boiando na banheira para chamar atenção do bebê etc.;
· levar, sempre que possível, o bebê para passear; cantar para ele e mostrar-lhe coisas diferentes;
· fazer a criança rolar de um lado para o outro, sempre mostrando algum objeto colorido que possa interessá-la;
· deitar o nenê de costas; aproximar um chocalho de seus pés e fazê-lo dar chutes para movimentá-lo e produzir sons;
· colocar o bebê em frente a um espelho durante algum tempo, chamando-lhe a atenção para que se olhe;
· dar à criança um objeto pequeno, procurando fazê-la passar de uma à outra mão;
· dar dois objetos pequenos ao bebê para que segure um em cada mão; tentar fazê-lo bater um no outro. Procure imitar o som produzido;
· oferecer ao nenê objetos de vários tipos como: espuma, lixa, toalha, madeira, metal, borracha e outros. Se ele estranhar, apresentar o objeto em outra ocasião e em outro contexto.
Oferecer também alimentos ou objetos variados, para que a criança possa sentir gostos e cheiros diferentes.
Exemplo: açúcar, sal, limão, talco, perfume etc.;
· permitir que a criança vá, gradativamente, pegando com as próprias mãos, pedaços de frutas, pão etc.; permitir, também, que ela mexa na comida e não se importe se ela se sujar (esta atividade é importante para que mais tarde a criança aprenda a comer sozinha);
· acariciar, cantar e repetir sons ou gestos emitidos pela criança na hora da troca de fraldas ou do banho;
· fazer, a partir dos sete meses, o nenê sentar-se sozinho, em posição de ioga, apoiando as mãos na frente do corpo;
 · brincar de “cuca-achou” ou “achou-sumiu” com o nenê, cobrindo o seu rosto com um pano, chamando a sua atenção e levando-o a retirar o pano.
Se o nenê não entender a brincadeira, recomeçar tampando somente a metade do seu rosto.
 Depois, esconder o rosto do nenê e esperar que ele retire o pano. Esta brincadeira deve ser acompanhada de risos e gritos de alegria.
Repetir esta brincadeira escondendo objetos de que a criança goste;
· bater palmas, levantar os braços, fazer gestos para que a criança o acompanhe já que ela gosta de imitar gestos;
· colocar o nenê de pé (depois dos oito meses) sobre suas próprias pernas, segurando-lhe as mãos;
 fazer com que ele impulsione seu corpinho para cima e para baixo, que se levante apoiando-se nas grades do berço, do quadrado, numa mesinha, chamando ou mostrando um brinquedo interessante;
· enfiar vários objetos num barbante e ensinar a criança a puxá-los (esta atividade deve ser feita com os nenês que já engatinham ou que já andem);
· dar papel macio para que os bebês rasguem ou amassem.

 PLANEJAMENTO ANUAL NA CRECHE 

 A importância de um planejamento anual flexível, que contemple o desenvolvimento dessa clientela, justifica-se pela importância da ação educativa que se deseja desenvolver. Além de flexível, deve ser adequado à realidade local, às possibilidades da instituição, ao momento histórico e à dinâmica das relações ali estabelecidas. Para que contemple todas essas dimensões e se adapte aos eixos norteadores propostos no referencial curricular, é preciso que se deixe de lado a listagem de conteúdos fragmentados e sem significado. É preciso que se contemple a pluralidade de espaços e tempos socioculturais do qual participam os alunos e professores. É possível determinar e quantificar atividades para crianças pequenas, de maneira que estas crianças possam crescer em ambiente estimulador, seguro, educativo e muito feliz, onde o lúdico e o prazeroso sejam determinantes no fazer pedagógico. Planejar pressupõe conhecimentos anteriores, principalmente planejar atividades para crianças tão pequenas e que passam até duas mil horas dentro da creche. É preciso que se planeje pensando “para” e “com” essas crianças, suas competências e suas diferentes necessidades conforme a faixa etária.
Apesar de o planejamento anual ser feito para cada faixa etária, cada professor o fará para a sua turma, com características próprias. Ressalte-se que atividades e rotinas, onde os diferentes grupos se encontrem em atividades interessantes e variadas, no decorrer do ano, propiciarão melhor crescimento cognitivo e emocional das crianças, pela interação entre as diferentes idades. Esse trabalho precisa estar sempre sendo avaliado, pois a cada ano vêm outras crianças com novos hábitos e costumes, exigindo que práticas e posturas sejam revistas.

 Rotina na Creche 

 Por meio da organização das atividades no tempo estabelece-se o que se chama de rotina, a qual possibilita ao educador uma direção para o trabalho que se propõe a fazer e às crianças segurança e compreensão de que estamos em um mundo organizado e que as coisas ocorrem em uma determinada ordem de sucessão: antes, durante e depois. Essa seqüência de acontecimentos é de grande ajuda para a organização de todo o trabalho na creche, incluindo questões como a limpeza dos ambientes, preparo dos alimentos, organização do espaço para repousar, brincar, trabalhar com tinta etc. Segundo o grau de desenvolvimento das crianças e os objetivos propostos, pode-se dividir os trabalhos organizados das creches nas seguintes atividades: · de organização coletiva: momentos de entrada e saída da creche, realização de festas e comemorações, de arrumação da sala. Com as crianças do berçário, atividades de organização são quase impossíveis, pois geralmente quem organiza os pertences, bem como o local das atividades são os adultos;
com as crianças do maternal, já é possível envolvê-las na organização, no pequeno e no grande grupo;
· de cuidados pessoais: higiene, alimentação, descanso e sono;
· dirigidas: organizadas, acompanhadas e coordenadas pelo educador;
· “livres”: menos dirigidas pelo educador, podem acontecer nos pequenos grupos e nas brincadeiras espontâneas.
A rotina, no entanto, não deve ter uma estrutura rígida; ela deve ser flexível, abrindo espaço para modificações de acordo com o planejamento pedagógico. Por exemplo, se acontece uma festa, os horários de alimentação podem ser alterados; se acontece uma visita na escola, pode-se alterar alguma etapa na rotina.

Sugestões de Atividades da Rotina: 

· chegada e recepção das crianças; · organização da sala e dos materiais;
· café da manhã; · higiene bucal; · atividades didático-pedagógicas; · brincadeiras ao ar livre;
· higiene e troca de roupa;
 · almoço;
· higiene bucal; · repouso;
· atividades alternativas para as crianças que vão acordando;
· lanche;
 · atividades didático-pedagógicas;
 · brincadeiras ao ar livre;
· higiene e troca de roupa;
· jantar;
· higiene bucal;
· reorganização da sala;
 · saída.
 A construção da rotina deve ser feita pela escola levando-se em conta os seguintes aspectos:
 · o cotidiano na creche está impregnado de vínculos e afetos nas atividades como comer, dormir, trocar fraldas, dar banhos etc.;
 · o educador deve diversificar ao máximo o lugar das atividades, oportunizando passeios, excursões, entrevistas que proporcionem maior interação e diferentes leituras do mundo;
· as propostas devem ser desafiadoras, significativas e prazerosas, possibilitando novas descobertas;
· a diferenciação das realidades e a disponibilidade de materiais e espaços.

PEDAGOGIA DE PROJETOS 

 “Projetos de trabalho” é a denominação de uma prática educacional que está sendo associada a algumas propostas de reformas na escola brasileira. Tais reformas pretendem favorecer mudanças nas concepções e no modo de atuar dos professores.
Os projetos aparecem como veículo para melhorar o ensino e como distintivo de uma escola que opta pela atualização de seus conteúdos e pela adequação às necessidades dos alunos e dos diversos setores da sociedade. A finalidade é “recriar” o papel da escola, levando-se em conta as mudanças sociais e culturais que acontecem em cada época. Nos últimos vinte anos, o que mais tem se evidenciado são as transformações no universo da socialização, sobretudo fora da escola, dos alunos que seguem a educação obrigatória (desde a escola infantil à secundária) e que afetam não só o que “têm que saber” para compreender o mundo, mas também o que têm de saber para compreender a si mesmos. O interesse por temas que ultrapassam âmbitos disciplinares (a exploração espacial, os dinossauros, ecologia, os efeitos do el Niño etc.), sua relação natural com as novas tecnologias (desde os jogos de vídeo à Internet) e outras transformações, mostram a ampliação da bagagem informativa e o substancial aumento do repertório cultural por parte das crianças. A investigação na ação é uma estratégia que permite melhorar o conhecimento das situações-problema e introduzir decisões para as mudanças da prática. Trata-se de um olhar que, acima das modas e releituras, está presente na maneira de encarar algumas das situações produzidas na escola. De acordo com Kincheloe (1993), “o melhor caminho para ensinar alguém a pensar é mediante a investigação, observando o contexto social de que procedem os estudantes e as vias que podem tomar na busca de significados” para interpretar e compreender a realidade. Transformar em conhecimentos públicos essa indagação, quer dizer, compartilhá-la com outros membros do conjunto da escola e da comunidade – mediante murais, painéis, conferências, debates, intercâmbios e/ou publicações – pode configurar um primeiro eixo inspirador dos projetos. O trabalho com projetos vislumbra um aprender diferente; ele propicia a noção de educação para a compreensão (Elliot, 1985). Essa educação organiza-se a partir de dois eixos que se relacionam: aquilo que os alunos aprendem e a vinculação que esse processo de aprendizagem e a experiência da escola têm com suas vidas. A proposta que inspira o trabalho com projetos favorece a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares, a qual objetiva a compreensão das estruturas internas de um conteúdo que intencionalmente se quer ensinar às crianças.
O trabalho com projetos é amplo e norteia todo o âmbito da Educação Infantil. É por meio dele que se pode ensinar melhor, pois a criança aprende de forma significativa e contextualizada. O conhecimento é visto sob uma perspectiva construtivista, onde procura-se estudar e pesquisar com as crianças, de forma lúdica e prazerosa, respeitando as características internas das áreas de conhecimento envolvidas no trabalho.
“A atuação do professor, além de levar em conta os conhecimentos, prévios do aluno, deve propor desafios que questionem tais conhecimentos, onde a criança possa confrontar suas hipóteses espontâneas com hipóteses e conceitos científicos, de maneira a apropriar-se gradativamente destes.” (Adriana Klisys) Ao planejar a realização de um projeto o professor deve ter claro qual o objetivo a ser alcançado, ou seja, o que quer realmente que as crianças aprendam. Para tanto, será necessário um planejamento prévio, que embase a sua prática educativa, bem como pesquisas sobre o assunto. É necessário que o professor esteja atento, pois, um projeto, além de ter o propósito de ensinar, precisa ter um sentido imediato para a criança e seu objetivo compartilhado com os alunos. Um projeto pode ter média ou longa duração, conforme o seu objetivo, o desenrolar das várias etapas, o desejo e o interesse das crianças pelo assunto estudado etc. Suas diferentes etapas devem ser planejadas e negociadas com os alunos, de modo que os mesmos tenham clareza de qual será o percurso para chegar-se ao produto final e sintam-se motivados a participar intensamente do trabalho. É fundamental que o professor faça, inicialmente, o levantamento dos conhecimentos prévios das crianças sobre o assunto a ser estudado e, posteriormente, a socialização dos mesmos, prosseguindo com o levantamento dos anseios e questionamentos dos alunos, suas dúvidas etc. “O registro dos conhecimentos que vão sendo construídos pelas crianças deve permear todo o trabalho, podendo incluir relatos escritos, fitas gravadas, fotos, produção das crianças, desenhos etc. “(RECNEI, Vol. I, pág. 58) O que se pretende com o trabalho pedagógico, na perspectiva dos projetos de trabalho, é construir mentes mais ágeis, que executem com facilidade articulações entre todas as áreas do conhecimento tendo assim, uma compreensão significativa de seu universo.


 BRINCADEIRA É COISA SÉRIA 

A função do brincar na infância é tão importante e indispensável quanto comer, dormir, falar etc. É por meio dessa atividade que a criança alimenta seu sistema emocional, psíquico e cognitivo. Ela elabora e reelabora toda sua existência por meio da linguagem do brincar, do lúdico e das interações com seus pares. A brincadeira permeia a própria existência humana, porém, durante os seis primeiros anos, a criança utiliza-se dessa linguagem para se expressar e para compreender o mundo e as pessoas.
Ela desenvolve, gradativamente, competências para compreender e/ou atuar sobre o mundo. O brincar é para a criança uma possibilidade de se ter um espaço onde a ação ali praticada é de seu domínio, isto é, ela é seu próprio guia, ela age em função de sua própria iniciativa. Esse é sem dúvida um elemento importante: a criança toma a decisão para si - vai ou não brincar; isto lhe dá a chance de experimentar sua autonomia perante o mundo. Forma de comunicação integrada, a brincadeira marcada pelo faz-de-conta e pela magia é uma atividade que contribui para uma passagem harmoniosa da criança pelo mundo das atividades reais da vida cotidiana, com outros significados. Ao brincar a criança entra definitivamente no mundo das aprendizagens concretas. Ela elabora hipóteses e as coloca em prática, constrói objetos, monta e desmonta “geringonças”, enfim, ela manipula todas as possibilidades dos objetos de seu universo de acesso. No faz-de-conta ela realmente tem a chance de construir sua própria realidade, ela utiliza-se de elementos concretos, da sua realidade cotidiana e lhes atribui outro sentido. Na esfera do faz de conta, uma pedra vira um chocolate, a boneca vira um nenê de verdade, com o qual se conversa. A criança sabe que não é um nenê de verdade, mas faz-de-conta. Segundo Gardner (1993) tratar um objeto como se fosse um outro (jogo simbólico) é uma forma de “ meta representação”, já que a criança conhece o objeto mas atribui-lhe outras propriedades para obter os efeitos desejados; pode pensar mais além do mundo da experiência direta, sendo capaz de imaginar, ao mesmo tempo que põe em prova seus conhecimentos.
 “O brinquedo é realmente o caminho pelo qual as crianças compreendem o mundo em que vivem e que serão chamadas a mudar.” (Gorki) É aí que se estabelece a forma de comunicação que pressupõe um aprendizado, que permite entender diferentes tipos de comunicação - reais, realistas ou fantasiosas - em um mundo de invenção e de imaginação. Ao mesmo tempo em que o brincar permite que a criança construa e domine cada vez melhor sua comunicação, faz com que ela entre em um mundo de comunicações complexas, que mais tarde serão utilizadas na educação formal.
Brincando a criança toma decisões, desenvolve sua capacidade de liderança e trabalha de forma lúdica seus conflitos. Ela decide se está na hora do nenê/boneca dormir, acordar, comer etc. No jogo da brincadeira a criança toma suas próprias decisões, Na Educação Infantil a criança se percebe como sujeito de direitos e de deveres; ele está num grupo, tem que conviver e negociar com ele o tempo todo e as brincadeiras e as interações, dirigidas ou não, se misturam num eterno novo fazer todos os dias. É importante que o adulto saiba e compreenda que a criança tem necessidade de brincar, de jogar por jogar, pelo simples prazer, não por obrigação, com hora marcada ou para conseguir objetivos alheios. É essa liberdade, essa ausência de exigências externas que faz com que se aflore e estimule a iniciativa, a criatividade e a invenção. A brincadeira e/ou o jogo proporciona benefícios indiscutíveis no desenvolvimento e no crescimento da criança. Por seu intermédio, ela explora o meio, as pessoas e os objetos que a rodeiam, aprende a coordenar variáveis para conseguir um objetivo, aprende e aproxima os objetivos com intenções diversas e com fantasia. Segundo Vygotsky, o jogo cria uma zona de desenvolvimento própria na criança, de maneira que, durante o período em que joga ela está sempre além da sua idade real. O jogo constitui-se, assim, uma fonte muito importante de desenvolvimento. O brincar proporciona esse desenvolvimento, por se tratar de uma atividade que possibilita espaço para ensaiar, provar, explorar, experimentar e, ao final, interagir com as pessoas e com os objetos que estão ao seu redor. Os jogos vão se estruturando conforme o estágio evolutivo da criança. No começo, predominam os jogos sensório-motores, de caráter manipulativo e exploratório; com o passar do tempo, mudam-se os jogos, seus objetivos e seus fins (jogo de construção, de simulação e de ficção). Mais adiante ainda, a criança será capaz de participar de jogos que envolvem regras, onde poderão coordenar suas próprias ações com a dos companheiros de jogo (jogos esportivos, de cooperação, de competição etc.).
Os jogos sociais favorecem e incrementam novos repertórios, novas aprendizagens. Assim a criança passa pela infância, chega na vida adulta, dando e imprimindo sua própria marca e significado à vida. ÉTICA, VALORES E ATITUDES A criança, ser social, está em constante relação com o mundo e nele ela nasce, cresce, descobre, aprende, ensina, recria, convive e multiplica.
Nestes primeiros anos de vida os sentimentos e a personalidade assentam suas bases e se solidificam. A escola tem então o importante papel de inserir a criança em um contexto de mundo que é diversificado em valores, culturas, religiões e idéias; o desafio é oferecer condições para que a criança aprenda a conviver com sua própria cultura, valorizando e respeitando as demais, bem como desenvolvendo sua consciência crítica acerca da formação da cidadania, da dignidade, moralidade, formação de hábitos, de valores e atitudes. De forma transversal e interdisciplinar, partindo sempre da realidade concreta da criança, questões como valores, atitudes, ética, religião devem ser abordadas com naturalidade. Por meio do diálogo, do jogo, da brincadeira, do canto vão se estabelecendo as relações de amizade, respeito ao próximo, limites, solidariedade, democracia, cidadania, participação etc. É nesta fase da Educação Infantil, das primeiras relações escolares, que ocorrem a socialização, o encantamento, a admiração e o desabrochar da espiritualidade. Por meio da reflexão, da investigação e da experimentação a criança descobre o caminho para conviver na liberdade, com autonomia e responsabilidade. Assim, a proposta de se trabalhar em uma perspectiva de transcendência e espiritualidade visa a possibilidade a abertura e o acolhimento à VIDA em suas incontáveis manifestações, perceber a relação humano-divina respeitando as diferenças e vivências, a construção de uma cultura de justiça, esperança, ternura e solidariedade.
Na Educação Infantil, para que se desenvolvam esses princípios, existem vários momentos que podem ser explorados e trabalhados tais como:
· higiene pessoal - conhecimento e valorização de seu corpo, auto-estima;
· brincadeiras e jogos coletivos ou individuais (respeito ao outro, conhecimento de limites e regras, socialização, diversidade cultural etc.;
 · hora do lanche – fraternidade, agradecimento pelos alimentos, pela vida, repartir, ser solidário etc.;
· observação dos fenômenos naturais – a beleza de um dia de sol, o aconhego, a vida que traz a chuva etc.; · passeios para observar a natureza e a paisagens – criação de Deus, beleza da criança, proteção e preservação da natureza e da vida etc.
· eventos festivos e comemorações-integração das famílias, valorização da comunidade e sua cultura etc. Deseja-se salientar que até mesmo com pouca idade, as crianças podem aprender questões morais, tais como respeito pela propriedade, orientações para não machucar os outros e para ajudar vítimas de agressão.
O objetivo é que as crianças se tornem envolvidas com questões morais de suas classes. Deseja-se que elas reconheçam a injustiça quando a vêem, que prefiram o justo ao injusto e se sintam compelidos a falar contra a injustiça. O êxito neste trabalho será medido por aquilo que trará de contribuição às pessoas em suas convicções e posturas frente à vida; no entender-se como ser humano, não aceitar os outros como semelhantes e parceiros de vida, na construção da justiça, da solidariedade e de cidadania.

AVALIAÇÃO

 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada em dezembro de 1996, estabelece, na Seção II, referente à Educação Infantil, artigo 31, que: “... a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”.
A prática de avaliação na Educação Infantil é de natureza diversa da avaliação no ensino fundamental. Pode-se utilizar métodos diferentes, pelos quais se registram observações feitas. Porém, a escrita é, certamente, o mais comum e o mais acessível.
 O registro, as observações e as impressões diárias em muito contribuirão para o planejamento educativo. Avaliar a criança pequena requer, do educador que a conduzirá pela vida escolar, conhecimento prévio sobre seu desenvolvimento e características singulares . É preciso saber como ela assimila os novos conhecimentos, como responde aos estímulos e como acontece o processo maturacional e social dessa criança. Ao observar a aquisição e a construção do conhecimento nas diversas áreas, analisando a dinâmica biopsicossocial da infância, percebe-se que a criança possui uma articulação mental, cognitiva e afetiva única. É essa articulação, juntamente com as interações sociais – realizadas principalmente na creche – transformadas em conhecimentos, que serão alvo de observação e análise.
Por meio de observações e registros diários é que o educador elaborará avaliações significativas e contextualizadas, que poderão contribuir qualitativamente para o processo de aprendizagem de alunos e professores. Nesse contexto de avaliação formativa deve-se atentar para o fato de que essa criança está em processo de intenso aprender e interagir. Portanto, não se deve fazer registros que venham denegrir ou rotular essa criança, sob pena de prejudicar sua vida escolar futura. “Quando o educador relata por escrito, tem a oportunidade de distanciar-se de si mesmo para fazer uma análise mais profunda de todas as variáveis que permeiam uma situação” (J.Hoffman). Assim, esse educador pode fazer uma análise crítica do seu trabalho didático-pedagógico e, conseqüentemente, uma auto-avaliação coletiva na creche, a fim de redimensionar e redirecionar práticas pedagógicas. Na construção de conhecimentos significativos, cada criança tem seu tempo e faz sua própria leitura dos objetos. Portanto, há que se atentar para o fato de que objetivos e avanços no processo de aprendizagem acontecem e se manifestam em diferentes tempos e formas distintas para cada criança. Aquisição de conhecimentos não acontece de forma linear; a análise deve ser individual e gradativa. Os pais, como partícipes desse processo, têm o direito e o dever de acompanhar todo o desenvolvimento da aprendizagem de seus filhos, como os avanços, as conquistas ou eventuais dificuldades, a fim de compreender todo o processo educativo, seus objetivos e as ações desenvolvidas pela creche.

 BIBLIOGRAFIA

 1. ÁVILA, S. I. E XAVIER, L. M. (coordenação). Objetivos e metas na área Pedagógica. Plano de atenção à infância. Cadernos Educação Infantil 4. Porto Alegre: Mediação,1998. 2. BONDIOLI, A. e MANTOVANI S. Manual de Educação Infantil de 0 a 3 anos. Porto Alegre: Artemed,1998. 3. BICUDO,V. B. e JUNIOR, S. A.C. Formação do Educador. São Paulo: UNESP, 1998. 4. OLIVEIRA, M. Z., MELLO, A. A. M., VITÓRIA,T. e FERREIRA, R. C. M. Creches: crianças, faz de conta e cia. Petrópolis: Vozes,1998. 5. CRAIDY, C.M.(ORG.). Convivendo com crianças de 0 a 6 anos. O educador de todos os dias. Cadernos Educação Infantil 5. Porto Alegre: Mediação.1998. 6. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF,1998. 7. ______. Ministério da Educação e do Desporto Secretaria de Educação Fundamental. Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil – volumes 1 e 2. Brasília: MEC/SEF, 1998. 8. ______. Secretaria Municipal de Educação da cidade de Botucatu. 9. HOFFMANN, J. e SILVA, G.B.M.(COOD.). A ação educativa na creche. Cadernos Educação Infantil. Porto Alegre: Mediação,1998. 10. ______, Jussara. Avaliação na Pré-Escola – Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Cadernos Educação Infantil 3. Porto Alegre,1997. 11. GARDNER, Howard. A criança Pré-escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 12. FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez,1995. 13. XAVIER, M.X.M. e ZEN, D.H.I.M (ORG.). Ensino da Língua Materna para além da tradição. Porto Alegre: Mediação,1998. 14. RODRIGUES, C.B.M. e AMODEO, B.C.M..O espaço pedagógico na pré-escola. Porto Alegre: Mediação, 1998. 15. DE VRIES, Rheta e ZAN, Betty. A ética na educação infantil. O ambiente sócio-moral na escola. Porto Alegre: Artes Médicas,1998. 16. REDIN, Euclides. O espaço e o tempo da criança. Se der tempo a gente brinca. Porto Alegre: Mediação, 1998. 17. REVISTA DO PROFESSOR. Abril a Junho de 1999. Ano XV, N. 58. 18. OS FAZERES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. ORG. (Maria Clotilde Rossetti - Ferreira, Ana Maria Melo, Telma Vitória, Adriano Gosuen, Ana Cecília Chaguri), São Paulo: Cortez, 1998. 19. DEHEINZELIN, Monique. A fome com a vontade de comer. Uma proposta Curricular de educação infantil. Petrópolis: Vozes, 1996. 20. KAMII, Constance e DEVRIES, Rheta. Piaget para a educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1992. 21. VIGOTSKI, L.S., LURIA, A.R. e LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Ícone, 1998, 6ª edição. 22. FERREIRO, Emília e TEBEROSKI, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre. Artes Médicas, 1991. 23. Proposta pedagógica para o trabalho com crianças de 0 a 6 anos. Curitiba, 1994. 24. Proposta pedagógica e currículo em Educação Infantil. MEC/Secretaria de Educação Fundamental, 1996. 25. Referenciais Curriculares para a Fase Preparatória de Alfabetização – Secretaria de Educação do Distrito Federal. Departamento de Pedagogia/Educação Básica, 1999